Leitura: Judas 1
Vídeo: http://youtu.be/d27tgPFFfeI
Se a expressão “o caminho de Caim” nos fala de buscar o favor
divino por meio do fruto de nosso trabalho, “o erro de Balaão” está ligado à
ganância. Balaão se fazia passar por profeta de Deus para enriquecer. Se você
já viu algum pregador assim então já teve um encontro com Balaão. Nos capítulos
22 ao 24 do livro de Números você lê a triste história desse mercenário
religioso que se prostituía para profetizar mediante pagamento.
Por cinco vezes o rei Balaque tentou fazer com que Balaão
amaldiçoasse Israel, o que o falso profeta estava muito disposto a fazer em
troca da riqueza prometida. Mas Deus o impediu. Por fim Deus permitiu que ele
seguisse a própria vontade, para ruína do falso profeta e bênção para Israel.
De sua própria boca Balaão ouviu sair bênção para o povo de Deus e juízo para
si, ao afirmar que veria o Messias de Israel, mas de longe, indicando assim seu
destino separado de Deus. Ele disse: “Eu o verei, mas não agora; eu o
avistarei, mas não de perto” (Nm 24:17).
Mais tarde, no capítulo 25 de Números, Balaão teria sucesso
em corromper o povo de Deus levando os israelitas a caírem em idolatria depois
de terem relações sexuais com mulheres pagãs. Idolatria é confiar no poder de
pessoas e objetos, ao invés de confiar unicamente em Deus. Se você já viu algum
pregador dizer que você só será abençoado por ele próprio ou se frequentar sua
igreja e adquirir amuletos como azeite do Jardim das Oliveiras, pétalas da rosa
de Saron, água do Rio Jordão ou lenços ungidos, então você já viu Balaão.
Depois do “caminho de Caim” e do “erro de Balaão”, Judas nos
dá mais uma dica de como detectarmos os lobos e hereges que querem se alimentar
das ovelhas ou fazer discípulos. Ele fala da “rebelião de Corá” (Jd 1:11). Ao
ler o capítulo 16 de Números você encontra Corá, com Datã e Abirão,
questionando a liderança de Moisés e o sacerdócio de Aarão. Sua intenção
parecia ser “democratizar” o culto a Deus, mas ele queria mesmo era usurpar o lugar
de autoridade e intercessão sacerdotal instituído por Deus, tornando-se um
intermediário não autorizado entre Deus e os homens. Hoje não temos Moisés para
nos guiar ou Aarão para interceder por nós. Temos a Cristo, e qualquer homem
que se coloque como intermediário entre Deus e os homens está agindo como
Corá.
A principal característica da apostasia é a exaltação do
homem, e não é difícil encontrarmos líderes cristãos elevados à condição de
semideuses, cativando multidões e sendo venerados por elas. Eles estão
pavimentando o caminho para o anticristo, “o homem do pecado”, aquele que “se
exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração” (2 Ts 2:3-4).
Mas por que tanta gente se deixa levar por homens assim? A
resposta está nos próximos 3 minutos.