sábado, 15 de dezembro de 2018

A Teoria da Evolução

Era hora do almoço, estávamos eu e o meu Gestor em nossos computadores, compartilhando o silêncio da sala vazia. Pensava eu, em como iniciar uma conversa que pudesse compartilhar da grande obra de Cristo na cruz. Sem nada em mente, resolvi ir direto ao assunto. Perguntei para o meu Gestor se ele era cristão. Bem brevemente ele respondeu um sim. Então prossegui a conversa: - Que legal! Então você crê na grande obra de Cristo que levou os nossos pecados na cruz, e ressuscitou... Ele me cortou antes que pudesse concluir a palavra ressuscitou, dizendo que acreditava que Jesus existiu, que foi um grande homem, assim como Napoleão Bonaparte e outros grandes homens que conhecemos.

Tentei continuar a conversa explicando sobre a divindade de Jesus, mas não teve jeito, papo vai e papo vem, ele disse que não acreditava na Bíblia, que as histórias da Bíblia são fábulas, que é improvável que o homem tenha vindo do pó, que acreditava na teoria da evolução. Dois colegas que retornavam do almoço, entraram no assunto sobre a teoria da evolução, e ficaram os três tentado me converter ao evolucionismo. Vendo que a minha tentativa de evangelizar tinha ido por água abaixo, aproveitei os minutos finais do meu almoço para ficar em silêncio, apenas ouvindo eles. Afinal, eles estavam em maior número, e eu não queria gastar munição, "jogando pérolas em focinho de porcos" (Mt 7:6).
Percebi então o quão diabólica é a teoria da evolução. Ela praticamente coloca o homem no mesmo nível da criação, exclui a queda do homem no Éden, exclui a necessidade de um Salvador, coloca Jesus no mesmo patamar de Napoleão, e ainda tira Deus do cenário, deixando o homem completamente à mercê de sua própria “evolução”. Quão triste é para o coração do homem crer nessa teoria.
Comecei a meditar sobre a origem do evolucionismo. Lúcifer criou um protótipo da teoria da evolução quando quis “evoluir” e ser como Deus. Depois ele enganou Adão e Eva no Jardim do Éden com a mesma ladainha de “teoria da evolução” de ser igual a Deus. Se Deus não tivesse expulsado os humanos do Jardim do Éden, a teoria da evolução pregada pela serpente teria praticamente extinguido a raça humana. Deus teve que seguir um caminho totalmente contrário ao evolucionismo, deixando toda a Sua glória, esvaziando-se a si mesmo, humilhando-se a si mesmo, descendo abaixo dos anjos, fazendo-se semelhante aos homens para salvá-lo. 
Se você está nessa de evolução e anda decepcionado, triste por não estar evoluindo como deveria, ou se você acha que já evoluiu tudo que deveria e mesmo assim anda preocupado, de que um peixe grande possa engolir você, não se preocupe, todos nós nascemos com esse vazio em nossas almas, e não é necessidade de evolução. Só Deus pode preencher esse vazio, pois todos nascemos com o DNA do pecado, destituídos da glória de Deus. Mas Deus já corrigiu essa falha nessa sua ideia de “evolução”, entregando seu filho na cruz. Jesus o homem perfeito. Deus e homem, 100% perfeito. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. (Mateus 11:28)
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo. (2 Co 5:17).
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; (Filipenses 2:7)
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. (Filipenses 2:8)
Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. (Hebreus 2:9)
Kleber C. B.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

E assim caminha a cristandade

Era domingo, eu feliz da vida, voltando para casa com minha esposa, após ter participado das reuniões com os irmãos reunidos ao nome do Senhor. Havia almoçado com eles, e estava feliz também por não ter o trabalho de preparar o almoço e lavar as louças ao chegar em casa. Ao me aproximar da estação tubo Hipólito da Costa para pegar o ônibus, uma simpática senhora nos parou pedindo ajuda para pagar a passagem. Ela disse que havia “rezado” pedindo ajuda a Deus, e que Ele havia nos apresentado. Paguei a passagem da senhora sem problemas.
Quando entrei na estação, aproveitei o momento para entregar um folheto evangelístico para aquela senhora. Para minha surpresa ela não aceitou. Logo fiquei preocupado com a condição espiritual daquela senhora. Perguntei para mim mesmo, para quem aquela senhora estava “rezando” pedindo ajuda? Ela rapidamente me perguntou qual igreja eu frequentava. Percebendo que ela queria ganhar tempo, fui direto falando que igreja não salva, que quem salva é Jesus. Ela insistiu novamente querendo saber qual igreja eu frequentava. Respondi que não frequentava nenhuma igreja, que só me reunia ao nome do Senhor Jesus, pois só Jesus salva. Ela fez uma cara de desconfiada e questionou: "Como assim?". Sem tempo para explicações ofereci novamente o folheto, e ela novamente negou dizendo que já tinha suas próprias convicções sobre Jesus.
O ônibus se aproximava e eu aproveitei os minutos finais para fazer uma última tentativa. Não havia tempo para explicar detalhadamente a grande obra salvadora de Jesus, tinha que tentar entregar o folheto para, pelo menos, ela ter a oportunidade de lê-lo no ônibus. E ela negou minha última investida, dizendo novamente que já tinha suas próprias convicções sobre Jesus. Perguntei rapidamente se ela cria verdadeiramente em Jesus, ela rapidamente respondeu que tem dia que sim, e dia que não. O ônibus chegou, abriu as portas e ela entrou olhando para trás ainda conversando comigo. Só tive tempo de falar para ela que ainda há tempo para crer em Jesus, que hoje é o dia para crer, e as portas do ônibus se fecharam, cortando em definitivo a nossa comunicação. O ônibus dela seguiu adiante e eu fiquei parado, imóvel, com o folheto na mão.
O cobrador da estação que havia presenciado toda a cena. Viu que eu havia ajudado aquela senhora com a passagem e depois assistiu todas as minhas investidas para tentar entregar um único folheto, quase que completando meus pensamentos, disse que é assim que as pessoas agem hoje em dia, elas só querem saber das bênçãos de Deus, não querem conhecê-lo de verdade. E assim caminha a cristandade.

Kleber C. B.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Na casa do fariseu - J.G.Bellett

Lucas 7:36-50

Esta cena na casa do fariseu é de grande valor moral. Ela nos mostra que nada além de nossos pecados pode, real e verdadeiramente, nos prover acesso a Jesus. A admiração por Ele como Mestre, ou como Alguém que faz milagres, nunca fará com que nos encontremos com Ele da maneira que Deus quer. É só o pecado e a consciência deste que pode nos levar verdadeiramente ao Filho de Deus; pois Ele é um Salvador, e como tal nos foi enviado pelo Deus bendito. Nicodemos foi encontrar-se com Ele vendo-O como um fazedor de obras poderosas; mas Nicodemos deve nascer de novo, deve receber dEle uma outra imagem, antes de poder aproximar-se dEle corretamente.

O mesmo acontece com este fariseu. Está claro que não foi como um pecador que aproximou-se de Jesus. Ele foi atraído, amavelmente atraído também, por algo que havia visto ou escutado dEle, e prepara-Lhe uma festa. Mas há outra pessoa na casa que se aproxima dEle por um caminho totalmente diferente. Ela é uma pecadora da cidade, e são seus pecados que a levam a Ele. E ela prepara-Lhe outra festa; e é desta, e não da ceia do fariseu, que o Senhor realmente participa. As lágrimas que derramou, a unção e os beijos que ela dá em Seus pés, compõem a festa da qual o Senhor participa, enquanto todos os caros alimentos providos pelo anfitrião nem são mencionados.

Isso tudo é algo muito precioso. É o pecador quem verdadeiramente provê a festa e a companhia que Jesus deseja. Nem a mesa do fariseu, nem seus amigos, podiam atrair o Senhor. Só a fé que O recebe como Salvador é que pode preparar uma mesa para o Filho de Deus neste mundo desértico. E posso ver que, em todos os lugares onde a conversão de Levi, o publicano, é registrada, sempre nos é dito em seguida que ele preparou uma ceia para o Senhor em sua casa. Pois ele era um daqueles aos quais Jesus desceu dos céus resplandecentes a fim de visitar. Ele era um publicano, um pecador assumido e reconhecido no mundo como tal; e Jesus era o Salvador. Foi, portanto, a fé de um assim que abriu a porta e recebeu o Senhor, que O fez sentir-Se bem-vindo no caráter que Lhe é apropriado, enquanto tudo mais só ajuda a mantê-Lo do lado de fora.

É nosso gozo podermos conhecer isto e crer. E quando iniciamos como pecadores na companhia de um Salvador, então nossa jornada é muito mais maravilhosa e gloriosa do que se poderia imaginar; pois nossos pecados nos levam a Cristo, e então Cristo nos leva ao Pai. E que caminho este! Ele vai desde os lugares mais distantes e escuros da criação, onde reinam o pecado e a morte, e sobe até os mais altos céus, onde amor e glória habitam e resplandecem para sempre. Os anjos possuem sua própria e imaculada esfera onde se movem, mas nunca trilharam um caminho como este. A Igreja passa das trevas de um pecador para a maravilhosa luz de Deus, e nunca houve nada assim antes; e ninguém mais além de um pecador consciente do valor do Filho de Deus pode compreender isto.

E vejo, por esta cena tão marcante, que este caráter de um pecador salvo pela graça do Filho de Deus, é algo feito notório até o final do trecho. Essa mulher muito amou, mas o amor dela, como pecadora, não foi o que lhe vale; é por isso que, no final, o Senhor lhe diz: "A tua fé" (e não 'teu amor') "te salvou: vai-te em paz" (Lc 7:50). Isto é algo que deve ser bem observado por todos nós, pois é de grande consolo. O fruto de nosso amor pode ser honrado diante de outros, como as lágrimas e a unção dessa pobre mulher são reconhecidas na frente do fariseu. Um copo de água fresca não perderá sua recompensa, se dado por amor a Cristo. Mas, perante a consciência do pecador, nada é reconhecido além do sangue, e a fé que descansa nele. É a fé, e não o amor, que nos leva em nosso caminho junto com eunuco em seu regozijo, ou nos diz, como aconteceu com esta pobre mulher, "Vai-te em paz". E quão doce é se render a Jesus e depender só dEle. Por mais elevada que a alma possa estar, por mais brilhante e imaculado que possa ser o andar, por mais profuso que seja o amor, e por mais ricas e variadas que sejam as experiências, como as de Davi ou Paulo, ainda assim Jesus, e Jesus só, é o único Salvador. A primeira coisa que Jesus faz é enviar em paz, e é a primeira confiança, e o primeiro gozo, que devem ser mantidos constantes até o fim.

Todavia não posso encerrar esta parte de nosso Evangelho, ou sair da casa do fariseu, de uma cena tão rica como esta, sem dar uma outra olhada. Pois parece-me que o grande conflito que é travado com frequência, o conflito entre a carne e o Espírito, ou entre as duas esposas, a escrava e a livre, foi ali mais uma vez testemunhado.

Pela transgressão, como aquela de Adão, a criatura supôs ter forças independente de Deus; e, por conseguinte, para restaurá-la, Deus deve primeiro ensiná-la que só Ele é soberano, e que todo o vigor da criatura deve fracassar. E é esta a lição que tanto a lei como o evangelho ensinam; pois a lei, provando o homem, demonstra quão vã é a confiança na carne; e o evangelho, revelando Deus, mostra quão seguro é confiar nEle. E o mistério das duas esposas nos ensina o mesmo. Hagar tinha vigor na carne, mas seu descendente não era o herdeiro (Gn 17:20-21). Léia tinha o vigor e o direito na carne, todavia seu filho não se sobressaiu e perdeu a primogenitura (Gn 25:24-34). Penina tinha o vigor na carne, mas não foi nenhum de seus filhos livrou Israel da miséria e da opressão (1 Sm 1:1-8). Por outro lado, toda bênção e honra cabem ao filho da promessa. Isaque pode ter causado risos (Gn 17:17; 18:12), mas foi sobre ele que a casa de Abraão foi estabelecida. José teve a primogenitura (1 Cr 5:2) e, tão logo nasceu, Jacó falou de voltar à sua herança (Gn 30:25), pois "se nós somos filhos, somos logo herdeiros também" (Rm 8:17). Samuel encheu o coração e os lábios de sua mãe com uma canção (1 Sm 2:1-11), e cresceu para levantar Israel do pó, resgatar sua glória das mãos do inimigo, e levantar a pedra de ajuda (Gênesis 49:24-25) no meio do arraial. E todas estas coisas nos ensinam, assim como nos ensinam a lei e o evangelho, que "o homem não prevalecerá pela força" (1 Sm 2:9). Os ricos são despedidos vazios, os arcos dos poderosos são quebrados, o servo pobre é lembrado, e a que era estéril tem sete filhos (1 Sm 2:4-5).

É esta a lição que Deus nos está ensinando; a lição necessária em um mundo como este, onde as criaturas, no seu orgulho, afastaram-se de Deus, na presunção de, em sua própria força, querer parecer Deus. Por esta razão o Senhor Deus continua a dizer sempre: "Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito" (Zc 4:6).

É este o conflito neste mundo em que vivemos: aquilo que é da carne ou do homem sempre mediu forças com aquilo que é de Deus ou do Espírito, e este conflito nos é exibido desde a mais remota antiguidade; e ainda é assim. A casa das duas esposas, às quais me referi, mostravam isso constantemente. A casa de Abraão assistiu a tudo de uma maneira muito especial. Ali, durante algum tempo, Sara e Hagar habitaram juntas, mas em discórdia e conflito. A família de Jacó mostrava o mesmo. Léia tinha o direito da carne ou do primogênito, mas Raquel era objeto da eleição e da satisfação; e ambas, esposas do mesmo marido, habitavam juntas, mas nunca podiam entrar em acordo. O mesmo havia na casa de Elcana. Penina e Ana eram as Hagar e Sara, as Léia e Raquel - orgulho e provocação da parte de umas, e constante tristeza de coração das outras. Todas essas cenas eram a expressão do modo como a carne persegue o Espírito. A Igreja na Galácia foi um outro cenário do mesmo conflito. E o coração de cada crente é, em certa medida, a mesma coisa. E não há nada que possa sarar a casa, a Igreja, ou o coração, além do fortalecimento da que é livre, deixando-se frutificar, em toda a sua plenitude, a semente de Deus, o espírito de adoção, o princípio de filiação e santa liberdade em nós e entre nós. Ponha Isaque em seu devido lugar, despeça Ismael, e habite em uma casa não dividida. "Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão" (Gl 5:1).

Aqui o Senhor encontra Israel da mesma maneira. Aquele que era nascido da carne perseguia aquela que era nascida do Espírito. A pobre mulher estéril era mais uma vez achada ali, a imunda pecadora, junto com o publicano, fraca e perdida, abandonada à sua própria sorte, agora recebendo a visita graciosa de Deus em todo o Seu poder e amor, mas sofrendo o escárnio e a perseguição daqueles que tinham, segundo julgavam, força em si mesmos - os fariseus, as Hagares, as Peninas daquela época. Era tudo, em princípio, a carne e o Espírito uma vez mais, a escrava e a livre; e esta casa que estamos visitando era uma amostra disso.

Que nossa fé possa ser fortalecida para fazermos jus ao amor de Deus! Esse amor exige nossa confiança plena e alegre. Depositar nEle uma confiança tímida ou desconfiada é tratar indignamente o Seu amor. Que possamos perder todo espírito de medo e escravidão! Que a verdadeira Sara em nossos corações possam gritar, e gritar até prevalecer, "Lança fora a escrava e seu filho" (Gl 4:30). Pois quando o Senhor faz Sua obra, Ele a faz de um modo digno de Si mesmo. Quando Israel saiu do Egito, eles saíram não como se estivessem envergonhados de si mesmos, mas armados e bem supridos (Êxodo 12:36; 13:18). Eles saíram como o exército de Deus devia sair. Nem um cachorro ousava mover sua língua contra eles, e nem havia pessoa alguma fraca em suas tribos. E o mesmo sucede conosco, pecadores tirados de sob o poder das trevas por nosso Redentor. Não é para andarmos com medo e suspeitas, como se mal pudéssemos confiar no braço que nos estava salvando; mas devemos seguir de um modo que mostrará claramente que a obra é dAquele cujo amor é tanto quanto o Seu poder; Aquele que não conhece nem a medida nem o esgotamento de Seus recursos.

Devemos deixar a casa do fariseu para trás, como fez aquela pobre pecadora, sem nos importarmos com o que poderiam dizer as pessoas que estavam ali, mas levando em nossos ouvidos o doce ecoar da voz do Senhor, que continua a falar de paz aos nossos ouvidos e ao nosso coração. Devemos então seguir, como Israel saindo do Egito, como devem seguir os redimidos do Senhor, deixando que a Terra e o inferno saibam, na alegre e perfeita segurança de Sua salvação, que Ele é maior que o mais elevado que possa estar ao nosso redor, e que estamos nos alimentando da comida que saiu "do forte" (Jz 14:14).

J.G.Bellett

(from The Evangelists - Meditations on the Four Gospels, by J. G. Bellett, pg. 215-221)

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