Era domingo, eu feliz da vida, voltando para casa com minha esposa, após ter participado das
reuniões com os irmãos reunidos ao nome do Senhor. Havia almoçado
com eles, e estava feliz também por não ter
o trabalho de preparar o almoço e lavar as louças ao chegar em
casa. Ao me aproximar da estação tubo Hipólito da Costa para pegar
o ônibus, uma simpática senhora nos parou pedindo ajuda para pagar
a passagem. Ela disse que havia “rezado” pedindo ajuda a Deus, e
que Ele havia nos apresentado. Paguei a passagem da senhora sem
problemas.
Quando
entrei na estação, aproveitei o momento para entregar um folheto
evangelístico para aquela senhora. Para minha surpresa ela não
aceitou. Logo fiquei preocupado com a condição espiritual daquela
senhora. Perguntei para mim mesmo, para quem aquela senhora estava
“rezando” pedindo ajuda? Ela rapidamente me perguntou qual igreja eu
frequentava. Percebendo que ela queria ganhar tempo, fui direto
falando que igreja não salva, que quem salva é Jesus. Ela insistiu
novamente querendo saber qual igreja eu frequentava. Respondi que não frequentava nenhuma igreja, que só me reunia ao nome do Senhor Jesus, pois só Jesus salva. Ela fez uma cara de desconfiada e questionou: "Como assim?". Sem tempo para explicações ofereci novamente o folheto, e ela novamente negou dizendo que já
tinha suas próprias convicções sobre Jesus.
O
ônibus se aproximava e eu aproveitei os minutos
finais para fazer uma última tentativa. Não havia tempo para
explicar detalhadamente a grande obra salvadora de Jesus, tinha que
tentar entregar o folheto para, pelo menos, ela ter a oportunidade de
lê-lo no ônibus. E ela negou minha última investida, dizendo novamente que já tinha suas
próprias convicções sobre Jesus. Perguntei rapidamente se ela
cria verdadeiramente em Jesus, ela rapidamente respondeu que tem dia que sim, e dia que não. O ônibus chegou, abriu as portas e ela entrou olhando para trás ainda
conversando comigo. Só tive tempo de falar para ela que ainda há tempo para crer em
Jesus, que hoje é o dia para crer, e as portas do ônibus se
fecharam, cortando em definitivo a nossa comunicação. O ônibus dela seguiu
adiante e eu fiquei parado, imóvel, com o folheto na mão.
O cobrador da estação que havia presenciado toda a cena. Viu que eu havia ajudado aquela senhora com a passagem e depois assistiu todas as minhas investidas para tentar entregar um único folheto, quase
que completando meus pensamentos, disse que é assim que as
pessoas agem hoje em dia, elas só querem saber das bênçãos de Deus, não
querem conhecê-lo de verdade. E assim caminha a cristandade.
Kleber C. B.
Kleber C. B.