terça-feira, 1 de julho de 2014

Contexto


Você já começou a conversar com alguém e depois descobriu que falavam de assuntos diferentes? Isto ocorre por usarmos palavras com significados diferentes para diferentes pessoas. Se você pedir uma receita à cozinheira, ela pensará em comida, mas se pedir ao médico ele pensará em medicamento. Se o macaco de seu carro tiver problemas, não peça a opinião de seu amigo veterinário. Vá direto a um mecânico ou loja de autopeças. Portanto, ao ler a Bíblia, procure saber o contexto para não entender errado o que está sendo falado.

A primeira edição da Bíblia em inglês, publicada em 1535 por iniciativa do Rei Tiago da Inglaterra, ou “King James”, trazia um prefácio de Miles Coverdale que dizia: “Será de grande auxílio para entenderes as Escrituras se atentares, não apenas para o que é dito ou escrito, mas de quem e para quem, com que palavras, em que época, onde, com que intenção, em quais circunstâncias, e considerando o que vem antes e o que vem depois”.

Este cuidado deve ser aplicado na pergunta que o homem faz a Jesus: “Senhor, serão poucos os salvos?”. Para os judeus, “salvação” costumava representar a libertação das mãos dos inimigos para habitar em paz na terra prometida sob o reino do Messias. Você não encontra no Antigo Testamento o conceito celestial de salvação. A esperança de Israel era na terra, não no céu, e para o cristão os exemplos de salvação do Antigo Testamento servem como sombras e figuras das coisas celestiais, pois a esperança da igreja é celestial, não terrena.

Portanto, a pergunta deste judeu pode muito bem ser traduzida assim: “Senhor, serão poucos os que sobreviverão para entrar no Reino?”. Jesus diz: “Esforcem-se para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão” (Lc 13:24). Considerando que o Reino em seu estado atual é uma mistura de joio e trigo, apenas os esforçados conseguem suportar a oposição. Para estes a porta é estreita por causa das dificuldades, mas volto a dizer que a resposta de Jesus não está se referindo à salvação da alma e à entrada no céu.

Se você entender que para um judeu é isto que significa “salvação”, entenderá também que muitos erram ao interpretar como salvação eterna passagens como Mateus 24, que diz que “aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24:13). O trecho fala claramente de sobrevivência, de estar vivo por ocasião do estabelecimento do Reino do Messias na terra. Por isso naquele capítulo é explicado que “se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria”, ou “seria salvo”, como dizem outras versões (Mt 13:22).

Fonte: parte do texto de Mário Persona | http://www.3minutos.net/2013/11/508-contexto.html

O assunto da Bíblia


A Bíblia é a Palavra de Deus, dada aos homens do modo como um compositor distribui sua partitura à orquestra. Os diferentes instrumentos imprimiram nela a tonalidade de cada um, mas um só compositor e maestro esteve por detrás de suas notas. Sua execução levou 1500 anos, tocada por 40 homens de diferentes culturas e níveis sociais. Muitos nunca se conheceram e trabalharam separados por séculos e quilômetros de distância. Pense nesses vídeos do Youtube, com uma mesma música executada por artistas de diferentes países, e você terá uma vaga ideia de como foi a composição do texto sagrado.

Um só é o seu tema, princípio e fim: Cristo. Ele é o Alfa, a primeira letra do alfabeto grego, e o Ômega, a última. Por isso Jesus aparece de Gênesis a Apocalipse, e se você deseja conhecer a Verdade e se aproximar de Deus precisará conhecer a Jesus. Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14:6). Este é o genuíno. Qualquer outro caminho, verdade e vida são falsos. Não se chega a Deus sem Jesus, por isso é tão importante conhecê-lo. Se você ainda não confia nele é porque não o conhece.

Uma vez uma senhora me ligou pedindo referências de uma empregada que havia cuidado de meu filho deficiente. Ela buscava alguém para tomar conta de sua mãe idosa, mas queria uma pessoa de confiança. À medida que eu ia falando, ela ia conhecendo melhor a pessoa e eu podia perceber que sua confiança ia crescendo. Nós pedimos referências de alguém para sabermos o quanto podemos confiar. O mesmo ocorre com Jesus. Como você poderia ter total confiança nele sem conhecê-lo? Portanto, leia a Bíblia, não para saber o que Deus exige de você ou como se fosse um texto motivacional para recarregar suas baterias. Leia para encontrar Jesus em suas páginas, conhecê-lo e confiar nele cada vez mais.

Você sabia que ele aparece no primeiro versículo da Bíblia, em Gênesis 1:1? Sim, ali diz no original: “No princípio criou Elohim os céus e a terra”. Sabia que a palavra hebraica “Elohim” é plural? “Elohim" é plural, mas o verbo “criar” está no singular, mostrando que Deus é um, mas em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. No momento da criação o Filho eterno de Deus, Jesus, já participava da gênese de todas as coisas. João diz em seu Evangelho que “Ele estava com Deus, e era Deus... Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito” (Jo 1:1-2).

Jesus está também no último versículo da Bíblia, em Apocalipse 22:21, onde diz: “A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém”. E entre o primeiro e o último versículo da Bíblia você encontrará Jesus em todas as páginas da Palavra de Deus, nos mais diversos tipos e figuras, e também em Pessoa nos evangelhos.

Fonte: parte do texto de Mário Persona | http://www.3minutos.net/2013/06/462-o-assunto-da-biblia.html

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