sábado, 16 de julho de 2016

O Cumprimento das Profecias - Bruce Anstey

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Clichê (sem fundamento): "Nós estamos nos últimos dias e estes são tempos emocionantes porque estamos vendo as profecias se cumprindo bem diante de nossos olhos!"

Muitos cristãos têm a falsa ideia de que as profecias estão se cumprindo nos dias de hoje, mas isso reflete a falta de compreensão das Dispensações de Deus com Israel e com a Igreja.

As profecias têm a ver com Israel e com a Terra; não têm a ver com a Igreja, que é uma entidade celestial.

O Antigo Testamento mostra que o tratamento de Deus para com Israel atualmente está suspenso (Dn.9:24-27; Mq.5:1-3; Is.61:1-3; Sl.69:22-36; Zc.11-13, etc.). Isto significa que as profecias não estão se cumprindo nos dias de hoje.

O Novo Testamento ensina que enquanto Israel seria temporariamente deixado de lado, Deus chamaria os crentes no Senhor Jesus Cristo, tanto dos judeus como dos gentios, para formar uma companhia celestial que reinaria com Cristo sobre a Terra no Seu reinado milenar. Isto é a Igreja, que é o corpo (místico) de Cristo (At.15:14; Ef.3:6). Quando esse trabalho de Deus estiver terminado, Deus retomará com Israel novamente para trazer o remanescente daquela nação à benção, conforme as promessas de seus profetas do Antigo Testamento. Naquela hora, as profecias começarão a se cumprir.

Em Rm.11:25-26 lemos: “o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo”. Isto significa que o endurecimento de Israel será removido (o remanescente deles) e que eles serão restaurados ao Senhor. O grande fato a ser observado nessa passagem é que esta restauração não ocorrerá “até que” todas as pessoas eleitas entre os gentios creiam no Evangelho da Graça de Deus, sejam salvas, e incorporadas à Igreja. Além do mais, enquanto a Igreja estiver na Terra, as profecias, no que se refere à Israel, não estarão sendo cumpridas.

Profecia tem a ver com os “últimos dias” de Israel (Dn.8:19,23; 10:14; 11:35, 40; 12:4, 9, 13). Inicia-se quando as superpotências do oeste (as dez nações confederadas – a Besta) fizerem um “acordo” com os judeus para protegê-los, o que evidentemente até hoje não ocorreu, (Dn.9:27).

Enquanto as profecias não estão se cumprindo nos dias de hoje, nós podemos ver coisas sendo colocadas no lugar no mundo pela providencia de Deus, a fim de que as profecias possam se cumprir.

Por exemplo, certos países citados nas profecias estão ficando em evidência, o que não acontecia há séculos em sua existência. E também a confederação das nações da qual a Palavra fala – a Oeste de Israel (Europa) e também a Noroeste de Israel – parecem estar se alinhando nos dias de hoje.

Mas as profecias, estritamente falando, não estão se cumprindo ainda.

Tradução: Paulo Martins | Revisão: Rosimeri Martins
Extraído do livro "UNSOUND DOCTRINAL STATEMENTS & CLICHÉS (Commonly Accepted as Truth)" - Bruce Anstey - Páginas 103 a 104 / 41) The Fulfilment of Prophecy

sexta-feira, 1 de julho de 2016

O Arrebatamento e A Manifestação - Bruce Anstey

Clichê: Ninguém sabe quando o Arrebatamento ocorrerá, quando o Senhor virá como um “LADRÃO NA NOITE”, porque Ele disse, “MAS DAQUELE DIA E HORA NINGUÉM SABE, NEM OS ANJOS DO CÉU, MAS SOMENTE MEU PAI” (Mt 24:36)

Há dois erros nesta expressão ouvida frequentemente.

Em primeiro lugar, enquanto é verdade que ninguém sabe quando o Arrebatamento ocorrerá, Mateus 24:36 não é o versículo a ser usado para mostrar isso. A pessoa que pensa que esse versículo está se referindo ao Arrebatamento, mostra claramente uma falta de entendimento do que trata o capítulo 24 de Mateus. A passagem está se referindo à Manifestação de Cristo, não ao Arrebatamento.

Simplificando, a vinda do Senhor tem duas partes: há o Arrebatamento – que é a vinda do Senhor para os Seus santos para levá-los aos céus (1Te. 4:15-18, etc), e há a Manifestação, que é a Sua vinda com Seus santos para fazer o julgamento do mundo que O rejeitou (1Te. 3:13; 4:14; 5:2; Ju 14-15, etc). Este não é o momento para tratarmos de todas as diferenças entre esses dois eventos, mas simplesmente dizer que o período de 7 anos de Tribulação acontece entre eles. O assunto da vinda do Senhor em Mateus 24:36 é a Manifestação de Cristo, que ocorre após a Grande Tribulação. Os versículos 29 a 31 deixam isso claro; eles dizem, “E, logo depois da aflição daqueles dias... e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu”.

Pode-se perguntar, “Qual versículo deveríamos então usar?” Esta é uma boa pergunta, e a resposta está em Mateus 25:13: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora”. Isto tem a ver com a vinda do Senhor como o Noivo, que é o Arrebatamento. Infelizmente, a versão King James da Bíblia, com pouca autoridade em manuscritos, acrescentou as palavras “em que o Filho do homem há de vir¹”. Estas palavras não fazem parte do texto, e confundem as coisas. Elas trazem à mente a Manifestação; sempre que a vinda do Senhor é falada referindo-se a Ele como o Filho do homem, é a Sua Manifestação para julgar o mundo que O rejeitou. Este versículo (Mt 25:13) mostra que os que extrapolam e estabelecem datas como quando o Arrebatamento ocorrerá, estarão professando ter conhecimento de algo que a Bíblia diz que ninguém sabe, apenas Deus.

Em segundo lugar, as palavras em letras de forma destacadas no “clichê” erroneamente fazem referencia ao Arrebatamento como um “LADRÃO NA NOITE”. A vinda do Senhor é mencionada como um LADRÃO seis vezes na Palavra (Mt 24:43; Lc 12:39; 1Ts 5:2; 2 Pe 3:10; Ap 3:5 e 16:15) e toda vez está ligada á Manifestação de Cristo, e não ao Arrebatamento. Uma simples consulta a essas seis passagens prova isto. No Arrebatamento, o Senhor vem para levar a Igreja, que é a Sua noiva (1Ts 4:15-18, etc). Ele vem naquela hora como “o Noivo” (Mt 25:6-10), não como um Ladrão. (Vir como um Ladrão não é jeito de buscar uma noiva!).

Além do mais, a maioria das passagens que se referem à vinda do Senhor como um Ladrão fala dEle julgando o mundo nessas ocasiões. Isto acontece na Manifestação, não no Arrebatamento. Mt 24:43-44 se refere a Ele como “O Filho do homem”, que é o modo como Ele é mencionado na Palavra quando faz julgamentos (Dn 7:13; Jo 5:27; Ap 1:13-16). Ele nunca é mencionado como o Filho do Homem em assuntos relacionados à Igreja! Esse título, de fato, não é usado nas Epístolas onde a Igreja é dirigida e instruída. 1 Tessalonicenses 5:2 mostra que a vinda de Cristo como um Ladrão é quando Ele trará “súbita destruição” sobre o mundo dos descrentes. 2 Pe 3:7-10 diz que esse é “o dia do julgamento”. Apocalipse 16:15-16 diz que quando o Senhor vier como um Ladrão ele virá para julgar os exércitos que estarão reunidos no “ARMAGEDON” para lutar contra Ele. Essas coisas não acontecem no Arrebatamento, mas sim na Manifestação.

Ainda mais, a parábola de Lucas 12:36-39 indica que a vinda do Senhor como um Ladrão é realmente após “as bodas” terem acontecido. Diz: “E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas,...se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão”...A Palavra ensina que quando o Senhor levar a Igreja para o Lar no Arrebatamento, haverá o Trono de Julgamento nos céus (2Co: 5-10) e então um período de adoração ao redor do trono (Ap: 4-5) e então, após isso haverá “o casamento do Cordeiro” – as bodas (Ap 19:7-9). Somente após “as bodas” terminarem é que o Senhor sairá dos céus como um Guerreiro-Juiz (Ap 19:11- 21).

Tradução: Paulo Martins | Revisão: Rosimeri Martins
Extraído do livro "UNSOUND DOCTRINAL STATEMENTS & CLICHÉS (Commonly Accepted as Truth)" - Bruce Anstey - Páginas 104 a 106 / 42) The Rapture & The Appearing
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¹ Nota do Tradutor: A versão Revista e Corrigida de João Ferreira de Almeida também acrescentou essas palavras, da mesma forma que a versão King James.

O fermento

Leitura: Mateus 13:33
Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao FERMENTO, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado.
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Depois de apontar que o crescimento da cristandade trouxe para seus ramos as mesmas aves que arrebatam a verdadeira semente que o semeador semeou, a parábola seguinte também fala de crescimento, ou mais precisamente da origem desse crescimento.

Antes que você acredite no que dizem alguns teólogos, que o fermento nesta parábola é o evangelho que faz o cristianismo crescer no mundo, faça uma busca pela palavra "fermento" em www.bibliaonline.com.br. Em toda a Bíblia o FERMENTO aparece como má doutrina ou má conduta. Nunca é algo positivo.

Na parábola da semente de mostarda o reino dos céus é grande e influenciado pelas aves que vêm de fora. Nesta parábola a massa é corrompida pelo fermento que vem DE DENTRO. No capítulo 20 de Atos o apóstolo Paulo adverte os cristãos de Éfeso que o rebanho seria assolado por lobos, de fora para dentro, e que do meio deles surgiriam homens distorcendo a Palavra de Deus e gerando destruição de dentro para fora.

A massa é a matéria prima para fazer pão, que é um alimento e figura da Palavra de Deus. Alguns falam aquilo que está de acordo com a Palavra de Deus. Outros falam qualquer coisa que faça a massa crescer, visando apenas aumentar o número de seguidores, eleitores ou público pagante. Isso não passa de fermento.

Vivemos hoje em meio a muita mistura de coisas genuínas e falsas, por isso é preciso muito cuidado. Dos quatro tipos de solo que receberam a boa semente, apenas um era fértil. Que solo é o seu?

Do campo plantado, apenas parte era formado por trigo verdadeiro, o resto era joio, uma erva daninha plantada pelo diabo. Cristãos falsos e verdadeiros crescerão juntos até que uns sejam recolhidos em feixes e os outros incinerados. Que tipo de planta é você?

A grande árvore que cresceu de uma pequena semente abriga em seus ramos as mesmas aves malignas que arrebatam a semente. O FERMENTO do mal contamina a massa DE DENTRO PARA FORA, dando a ela um crescimento artificial. Você é daqueles que seguem números e seguem a opinião pública?

No mercado você encontra mais produtos falsos do que verdadeiros. Antes de comprar é preciso verificar sua origem e qualidade. Verifique se o cristianismo que estão lhe oferecendo não é pirata; veja se o crescimento não é apenas o resultado de um fungo, como os gases que fazem crescer a massa.

Enquanto pensa nisso, vamos à próxima parábola, a do tesouro escondido. Nos próximos 3 minutos.

domingo, 26 de junho de 2016

Dirigindo-se a Deus Pai - Bruce Anstey

A expressão Pai Celestial é frequentemente usada pelos cristãos se dirigindo a Deus em oração. Eles estão convencidos de que esta é a maneira que nós temos de nos dirigir a Deus, porque o Senhor ensinou aos seus discípulos a orarem dessa maneira e Ele mesmo falou de Deus como Seu Pai Celestial (ou dos céus).

É realmente verdade que o Senhor ensinou seus discípulos a se dirigirem a Deus em oração como “Nosso Pai que estás nos céus”, a referirem-se a Ele como “o Pai celestial” deles (Mat. 6:9, 14 etc.).

Isto foi porque, naquele tempo, os seus discípulos eram um grupo terrenal de crentes, tendo promessas e esperanças terrenas, e o destino deles era viver na terra o reino que Deus prometeu estabelecer – se a nação o recebesse como Seu messias. Eles eram discípulos judeus esperando por um Messias Judeu para ser recebido pela nação de judeus. Os discípulos não eram cristãos naqueles dias, embora eles tenham nascido de novo crentes no Senhor Jesus. Desde que suas vidas e esperanças eram terrenas, era realmente próprio para eles se dirigirem a Deus, quem estava nos céus, como Seu “Pai Celestial”. É significativo que esta expressão é encontrada somente nos evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas), os quais apresentam um Messias judeu com seus discípulos judeus. Não é encontrado no Evangelho de João onde o desabrochar do cristianismo é enfatizado. A expressão não é usada no livro de Atos, nem é usada nas epístolas onde temos o cristianismo revelado.

Como nós sabemos o cristianismo não começou até que o Senhor ressurgisse de entre os mortos e voltasse aos céus, e de lá, enviasse o Espírito Santo. A revelação cristã da verdade é revelada nas epístolas onde aprendemos que nossa posição diante de Deus, nossas bênçãos, nossas esperanças em Cristo e o nosso destino, são todos celestiais. Então, em contraste com Israel, cristãos são um grupo celestial de pessoas.

Nossa posição diante de Deus é aquela sentada em lugares celestiais em Cristo Jesus (Ef. 2:6).

Nós estamos diante de Deus no próprio local de aceitação no qual o Filho, Ele mesmo está (Ef. 1:6). Então, uma vez que este é nosso lugar na imediata presença de Deus (Ef. 2:18; Heb. 10:19), nós não temos necessidade de nos dirigirmos a Ele como nosso “Pai Celestial”, como se fôssemos crentes terrenais esperando pelo estabelecimento do seu reino.

O termo denota distância entre os céus e terra, existente entre os crentes e Deus, o que não é verdade para nós na nossa posição de cristãos. Além disso, chamar Deus de “nosso Pai Celestial” não é a maneira cristã de se dirigir a Deus. A maneira cristã é simplesmente dizer “Pai” – como visto através das epístolas.

Assim, se dirigir a Deus como nosso Pai “Celestial” é confundir nossa posição cristã. É realmente a negação prática de onde estamos diante de Deus, embora, logicamente, aqueles que falam desta maneira não tenham a intenção de negar esta verdade. O pensar que as formas judaicas de expressão são as maneiras cristãs de falar com Deus tem suas raízes na Teologia Reformada (Teologia do Pacto). Tal ensinamento vê Israel como a Igreja no Antigo Testamento e a Igreja como sendo Israel no Novo – assim misturando (fundindo) todos os crentes em um povo de Deus, sem distinção. Consequentemente aqueles que adotam tais doutrinas, não têm escrúpulos em tomar o que é dito aos Israelitas no Antigo Testamento e usar como se tais ensinamentos tivessem sido escritos para a Igreja.

A questão a seguir foi submetida ao editor da revista Scripture Truth: Os cristãos devem se dirigir a Deus como “Pai Celestial”? Resposta: Cristãos podem se dirigir a Deus em oração como “Pai Celestial”, mas ao fazê-lo eles falam a Ele à luz da revelação feita aos discípulos antes da cruz, onde eles estavam ainda, como um remanescente fiel de Israel ao redor do Seu Messias, e não à luz da revelação a qual é distintamente distintivamente cristã.

Dirigir-se a Deus desta maneira denotaria alguma falta de entendimento desse relacionamento próximo que os cristãos têm agora estando identificados com o Cristo ressuscitado como Homem na presença do Pai (Scripture Truth, vol. 14, p. 287).

Um artigo num periódico, Young Christian, diz: Nós precisamos novamente notar a diferente posição deles (os discípulos) da nossa. Eles tiveram um chamado terrenal, então foram ensinados a orar “Nosso Pai que estás nos céus”, “Pai Celestial”, ou “Pai que estás nos céus”. Mas tais não são usadas depois da redenção realizada.

Nós cristãos, temos um chamado celestial, somos “abençoados com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef. 1:3); nós somos também selados com o Espírito Santo e dizemos, “Pai” numa proximidade de relacionamento com Ele (Rom. 8:15, 26; Gal. 4:6). – (Young Christian, vol. 2 Scripture Study: Mat. 6).

Um artigo na revista Bible Herald diz: Nós achamos esta parte do Evangelho de João (caps. 13-17) especialmente brilhante com a repetição frequente da palavra “Pai”. O Senhor está introduzindo “os Seus” ao Pai que os deu a Ele; e no capítulo 17 Ele se dirige ao Pai sobre eles, encomendando-os aos cuidados do Pai, uma vez que Ele não pode mais permanecer com eles para protege-los debaixo das Suas asas protetoras.

Quando é o Filho e o Pai, Ele simplesmente diz “Pai”. Quando Ele encomenda os discípulos a Ele (ao Pai) no meio do mal Ele diz “Pai Santo”, e quando Ele lança um olhar sobre o mundo que O rejeitou – e odiou ambos, a Ele e ao Pai – Ele diz “Pai Justo, o mundo não Te conheceu, mas eu Te conheci”. Por que não dizer “Pai Celestial” aqui? Porque o Evangelho de João Ele é o Filho Unigênito, que está no seio do Pai: consequentemente Ele poderia dizer, como encarnado, “O Filho do Homem que está no céu”. É o Filho e o Pai em João; em Mateus é Jeová e Jesus apresentando-se como Messias, de acordo com as profecias do Antigo Testamento tendo nascido Rei dos Judeus em Belém. No meio do povo da terra de Israel, Ele diz, “Meu Pai, que estás nos céus”, “Meu Pai Celestial”, “Toda planta que meu Pai Celestial não plantou será arrancada (Mat. 15:13)”.

Aqui nós temos distância e terra como Sua esfera – a terra de Israel – Tudo tão diferente de “O Filho do Homem que está no céu” em João. Nós não permanecemos na posição Judaica de servos, Filho e sujeito - à distância; mas nós crentes no Filho, “já pelo sangue de Cristo chegastes perto” (Ef. 2:13) – por Ele “ambos temos acesso ao Pai por um Espírito” (Ef. 2:18).

Nós temos agora a mesma posição, como temos a mesma natureza, como o Filho glorificado de Deus e Ele ascendeu para Seu Deus e Pai, e pela graça, nós que cremos nEle somos apresentados a Deus nosso Pai em Cristo, onde Ele está nos lugares celestiais.

Então, o estar em relação consciente com o Pai, o Espírito de adoção nos dando o sentido do Seu amor e nossa proximidade com Ele, estando na luz, como Ele está na luz, em comunhão com o Pai e Seu Filho Jesus Cristo, nós não dizemos “Pai Celestial”, mas simplesmente “Abba Pai”, por estarmos no gozo da relação filial e estando no Espírito e fé “nos lugares celestiais em Cristo”, nós estamos onde o Pai está... Na presença do nosso Deus e Pai em Cristo, nós não poderíamos dizer “Pai celestial”, como se houvesse toda a distância entre terra e céus entre nós. Meus filhos, não se dirijam a mim como distantes, mas simplesmente digam “Pai”, para aqueles que estão comigo sob o mesmo teto na mesma cidade; mas se eles estiverem numa terra estrangeira, não seria impróprio para algum deles escrever e usar o nome da cidade em conexão com a palavra “pai” (The Bible Herald, vol. 5, pp. 101-103).

Daí, as instruções do Senhor sobre as esperanças terrenas dos Judeus fiéis e sua maneira própria de se dirigirem a Deus como Seu Pai Celestial, não é exemplo para nós que somos cristãos, que temos uma diferente e próxima relação com o Pai. O hino que tem aquela frase “Ó Pai Celestial, conceda-nos a todos a simplicidade de um bebe recém-nascido (#223 L.F.) poderia ter uma escolha melhor de palavras, na nossa opinião.

Tradução: Paulo Martins | Revisão: Rosimeri Martins
Extraído do livro "UNSOUND DOCTRINAL STATEMENTS & CLICHÉS (Commonly Accepted as Truth)" - Bruce Anstey - Páginas 148 a 151 - Theology = Addressing God The Father

segunda-feira, 20 de junho de 2016

A semente de mostarda

Leitura: Mateus 13:31-32

Nas duas outras parábolas ficou claro que o semeador é Jesus e que o seu campo é o mundo. O significado da semente variava: na primeira era a Palavra de Deus e na outra eram as pessoas. Agora a semente é de mostarda e a ênfase é colocada na planta que ela produz.

O reino dos céus começou tão pequeno quanto a menor de todas as sementes. Quem imaginaria que as crenças de um punhado de jovens de classe média liderados por um carpinteiro seriam adotadas por mais de um terço da população da Terra? Hoje mais de 2 bilhões de pessoas se dizem cristãs.

Aquela minúscula semente virou uma árvore grande o suficiente para as aves virem morar nela. Você já sabe quem é o semeador, o que é o campo, a semente e a árvore. E as aves? Quando quiser saber o significado de algo na Bíblia, pergunte à Bíblia.

No primeiro livro da Bíblia, Gênesis, você encontra uma serpente no jardim do Éden iludindo Adão e Eva. No último, Apocalipse, você lê sobre "o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás". Assim fica fácil saber quem é quem.

As aves fazem ninhos na grande árvore da cristandade que começou com uma pequenina semente. Na primeira parábola as aves arrebataram as sementes que caíram à beira do caminho. Jesus explicou que é o Maligno quem arranca as sementes do coração à beira do caminho. E no capítulo 18 de Apocalipse, ao falar de Babilônia, uma alegoria usada para a noiva infiel de Cristo, diz que ela se tornou habitação de demônios, antro de todo espírito imundo e de toda ave impura e detestável.

Juntando tudo, o reino dos céus começou com a Palavra de Deus lançada nos corações, porém nem todos eram férteis para ela germinar. Os frutos genuínos do trabalho do semeador foram plantados neste mundo, mas o diabo, o concorrente, semeou uma imitação daninha do verdadeiro trigo, a qual será deixada até o trigo genuíno ser recolhido em feixes. O falso será queimado.

Enquanto isso, o conjunto de falsos e genuínos crescerá como uma grande árvore que começou pequena, e ela abrigará também Satanás e seus agentes. Portanto você não precisa ir às religiões pagãs para encontrar o diabo. Se der uma olhada na cristandade professa você irá encontrá-lo confortavelmente aninhado em seus ramos.

O que surpreende no grão de mostarda é o crescimento da árvore. E na parábola a seguir Jesus vai falar justamente daquilo que faz crescer: o fermento. Nos próximos 3 minutos vamos ver o que o fermento fez em 2 mil anos.

2022 será o ano da tua vitória!

Caro cristão, se alguém te disser: "2022 será o ano da tua vitória!" Responda: Estás atrasadíssimo, o ano da vitória do cristão fo...