Leitura:
Mateus 10:5-42; Marcos 6:7-13; Lucas 9:1-6
Nos
últimos 3 minutos vimos Jesus escolher 12 mensageiros ou apóstolos.
Agora ele vai enviá-los para uma missão muito particular.
Boa parte do que você encontra no capítulo 10 de Mateus aplica-se
àquela missão em especial, e não ao cristão de uma maneira
geral.
Por
exemplo, eles são enviados às ovelhas perdidas de Israel e devem
evitar gentios e samaritanos. Há coisas na Bíblia que são
dirigidas especificamente aos judeus, o povo escolhido de Deus.
Os
evangelhos são a concretização das profecias do Antigo Testamento
que anunciavam a vinda do Messias para Israel. Muito bem, o Messias
agora estava ali, bem no meio deles. O que os judeus iriam fazer com
Jesus, o Rei prometido?
Nós
sabemos. Iriam prendê-lo, açoitá-lo, coroá-lo de espinhos e
entronizá-lo numa cruz. Iriam dizer: "Não queremos que este
reine sobre nós" e votariam pela condenação do Filho de Deus
e pela libertação de Barrabás, um ladrão e homicida.
Com
essa rejeição toda Deus abriu um parêntese no progresso da
profecia para introduzir a igreja, um corpo formado de judeus e
gentios convertidos. Isso começa no capítulo 2 do livro de Atos
e termina quando Jesus vier buscar sua igreja. Depois o relógio
profético volta a funcionar para Deus continuar tratando com Israel.
O
capítulo 10 de Mateus traz detalhes específicos para aquela missão
dos doze, e também revela a forma como serão tratados os judeus
fiéis no futuro, após o período da igreja. Ao dizer a eles que não
terminariam de percorrer todas as cidades de Israel antes da volta do
Filho do Homem em glória e majestade revela o caráter profético do
capítulo. Filho do Homem é um dos títulos dados a Jesus.
Porém,
há pontos que podem ser aplicados a todas as épocas. Um é a
aversão que as pessoas teriam. Ele diz que alguns receberiam seus
discípulos, outros não. Que eles seriam perseguidos e presos, mas
que o Espírito Santo ensinaria a eles o que dizer diante de
governadores e reis. Eles deviam ser intrépidos e anunciar a
mensagem até de cima dos telhados, sem temer os que podem matar o
corpo, mas não podem condenar eternamente.
Estas
coisas podem ser aplicadas a você e a mim. O fato de Jesus dizer
que não veio trazer a paz, mas a espada não é uma apologia à
violência. É que a simples presença de Jesus na vida de alguém
acaba gerando controvérsia. Ele é a linha divisória entre a luz e
as trevas, a vida e a morte, o céu e o inferno. Ao contrário do que
alguns imaginam, Jesus não é uma espécie de guru paz e amor, que
fica levitando no ar e cantando "Imagine" de John Lennon.
Neste
momento o evangelho está fazendo uma proposta, oferecendo vida e
salvação. Ao tomar uma decisão você terá escolhido um lado. É
desse lado que estamos falando. Não espere que o mundo aplauda sua
decisão por Jesus. E nem ache que não virão momentos de dúvidas.
Eles virão, como acontece com João Batista nos próximos 3
minutos.
Fonte:
texto de Mario Persona |
http://www.3minutos.net/2008/09/33-misso-possvel.html