Leitura:
Mateus 9:9-13; Marcos 2:13-17; Lucas 5:27-32
Nos
últimos 3 minutos vimos Jesus perdoar os pecados de um paralítico e
depois curá-lo. O milagre visível da cura maravilhou a multidão,
mas o milagre invisível do perdão dos pecados, da salvação
daquele homem, só gerou indignação entre os religiosos. Afinal, só
Deus podia perdoar pecados.
Mateus,
o autor do evangelho, é um pecador. Ele sabe disso, tem convicção.
Afinal, ser um publicano ou coletor de impostos naqueles dias
significava ter uma das profissões mais odiadas. Publicanos eram
conhecidos por cobrarem impostos injustos, se aproveitarem do cargo
para o enriquecimento ilícito e eram também considerados traidores:
trabalhavam para o inimigo, o invasor romano.
Jesus
vê Mateus na coletoria, o chama, e Mateus deixa tudo para seguir a
Jesus. Muitos escutam esse chamado, esse convite, mas poucos estão
dispostos a embarcar nessa aventura de um relacionamento pessoal com
o Filho de Deus, aquele que veio chamar pecadores e tem autoridade e
poder para perdoar pecados.
Mateus
prepara um banquete para Jesus em sua casa e convida seus amigos,
obviamente publicanos como ele e outros de reputação questionável.
"Como pode o mestre de vocês comer com publicanos e
pecadores?", perguntam os religiosos judeus aos discípulos.
Aquilo era inconcebível para os religiosos que não se misturavam
com gente daquela laia.
"Os
sãos não precisam de médico", é o que eles escutam Jesus
dizer. "Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao
arrependimento", ele continua. A mensagem é clara. Você está
cansado de ouvir os médicos dizerem que o câncer tem cura quando
diagnosticado a tempo. Para quem não se acha doente, não tem cura.
O mesmo acontece com o pecado.
E
Jesus tem mais a dizer àqueles religiosos que se consideravam
melhores do que os outros por viverem segundo os preceitos de sua
religião: "Eu quero misericórdia, não sacrifícios",
diz ele. E Deus só pode exercer sua misericórdia, que é
infinita, quando encontra um pecador convicto.
Como
Mateus, alguém que sabe que não tem um átomo sequer de bondade
para oferecer a Deus, para trocar pelo perdão de seus pecados.
Alguém que sabe que sacrifício algum que faça poderá salvá-lo
porque o único sacrifício eficaz Deus já providenciou: a morte de
seu Filho na cruz para pagar pelos nossos pecados.
Aqueles
religiosos fariseus jamais iriam entender a misericórdia e a graça
de Deus enquanto continuassem achando que a salvação era por
mérito, pela guarda da lei, de preceitos e de mandamentos. Tentar
misturar as coisas seria como fazer remendo de pano novo em vestido
velho. Mas este é o assunto dos próximos 3 minutos.
Fonte:
texto de Mário Persona |
http://www.3minutos.net/2008/08/27-publicanos-e-pecadores.html