Leitura:
Mateus 13:24-30; 37-43
O mesmo semeador - Jesus
- volta a semear. Na outra parábola a semente é uma só, a Palavra
de Deus, mas os solos são diferentes e dão resultados tanto falsos
como verdadeiros.
Agora o semeador
semeia uma semente que revela ser trigo, e o inimigo planta uma erva
daninha muito parecida com o trigo. Estamos falando daqueles que são
verdadeiros e falsos na esfera do reino dos céus.
O reino dos céus não
é a igreja, mas a esfera dos que professam crer em Jesus, sejam eles
genuínos ou não. A igreja não existia quando Jesus contou esta
parábola, e só seria formada após sua morte e ressurreição. Leia
o capítulo 2 de Atos para entender.
No campo, que é o
mundo, há falsos e verdadeiros, mas na igreja, que é o corpo de
Cristo, o conjunto dos que foram salvos por ele, todos são genuínos.
Quando falo "igreja" não estou falando das
organizações ou denominações que os homens chamam de "igrejas".
Nelas são as próprias pessoas que se tornam membros. No corpo de
Cristo é ele próprio quem acrescenta os membros.
Se você aprendeu teoria
dos conjuntos vai entender que a igreja é um subconjunto de um
conjunto maior chamado cristandade, a esfera dos cristãos professos,
sejam eles joio ou trigo.
O semeador da parábola
semeia a boa semente no mundo. O inimigo vem e semeia o joio, a erva
daninha, aqueles que apenas professam ser servos no reino dos céus.
O inimigo é, obviamente, o diabo, e ele espalha os falsos cristãos
pelo mundo numa tentativa de corromper os verdadeiros.
Não há como arrancar
o joio. Os verdadeiros cristãos vão continuar espalhados por
aí, misturados com os falsos, até chegar a hora em que Deus
providenciará essa colheita seletiva. Isso não é tarefa para os
homens fazerem.
Falar de semeador, de
joio e de trigo numa sociedade predominantemente urbana como a nossa
pode não fazer muito sentido. Mas você vai entender a gravidade da
coisa se eu recontar a história assim:
"Era uma vez um
fabricante que lançou um produto de grife. Veio o concorrente e
entulhou o mercado com uma cópia barata e pirata".
Agora você entendeu
que o falso não presta, mas é tão parecido com o verdadeiro que é
impossível tirá-lo do mercado sem correr o risco de destruir o
verdadeiro. É melhor deixar o fabricante decidir quando e
como irá recolher os produtos piratas para incinerá-los.
Enquanto isso, vamos
falar de outra semente, nos próximos 3 minutos.
Fonte:
texto de Mario Persona |
http://www.3minutos.net/2008/10/49-trigo-e-joio.html