Leitura: Mateus
21:12-17
Jesus continua no
Templo de Jerusalém e o que vê ali o deixa furioso. Jesus não tratava com
dureza as prostitutas, os adúlteros ou coletores de impostos corruptos. Ele
veio em graça chamar pecadores ao arrependimento, antes de vir outra vez para
julgar aqueles que não o receberam. Mas se existe algo que o deixa indignado é
transformar a casa de Deus num negócio.
Ele expulsa de forma
tempestiva os comerciantes do Templo, mostrando assim que tem autoridade sobre
o próprio Templo. Aquela "casa de oração" tinha sido transformada em
"casa de negociação" e covil de ladrões. Esta é a segunda vez que
Jesus expulsa os comerciantes do Templo. A primeira aconteceu 3 anos antes,
quando iniciou seu ministério.
O problema não está no
comércio. As pessoas que visitavam o Templo precisavam comprar animais para os
sacrifícios, e os cambistas eram úteis para converter as moedas que os fiéis
traziam do exterior para as ofertas. O problema é fazer da casa de Deus em uma
grande feira e do próprio Deus um negócio.
Será que é isso o que
acontece hoje na cristandade? Não, hoje é muito pior. Os comerciantes da
cristandade vendem o próprio Deus, condicionando bênçãos e salvação às ofertas.
Vendem Deus numa garrafa, como se fosse um gênio pronto para satisfazer os
desejos de riqueza e prosperidade de seus compradores.
Não há nada de errado
em você ir a uma livraria comprar bíblias, livros ou música cristã. Transformar
Deus e os cristãos em negócio é outra história. O livro de Apocalipse mostra o
contraste entre a Igreja, a noiva de Cristo, e a Babilônia, a Grande Meretriz.
O testemunho da igreja neste mundo, que deveria ser o de uma noiva fiel,
transformou-se no testemunho de uma meretriz.
Experimente ler o livro
de Atos e as cartas dos apóstolos para ver se encontra qualquer semelhança com
o que vê na cristandade. Não havia pregadores vivendo como milionários à custa
do dinheiro dos fiéis. As reuniões dos cristãos não eram shows com platéias
histéricas. Não havia imagens, novenas, correntes, fogueiras santas e um sem
número de superstições para entreter as pessoas. E o evangelho era pregado para
as pessoas serem salvas pela fé em Jesus, para se tornarem membros do corpo de
Cristo, não de alguma organização ou denominação.
Quando Jesus voltar,
não virá para expulsar os mercadores do Templo. Ele virá para julgar aqueles
que pregam, fazem milagres e curas em seu nome como fonte de lucro. Jesus sai
dali e nem mesmo dorme em Jerusalém, tamanho o seu desgosto com esse tipo de
coisa. Prefere dormir em Betânia. Israel havia se tornado uma figueira sem
frutos, como a que ele encontra nos próximos 3 minutos.
Fonte: texto de Mário
Persona | http://www.3minutos.net/2008/12/81-covil-de-ladroes.html