Se quisermos entender o
que é o verdadeiro cristianismo, devemos perceber que existe um contraste entre
judaísmo e cristianismo, duas ordens de adoração totalmente distintas -- ambas
estabelecidas por Deus. O judaísmo é a maneira terrenal de se aproximar de Deus
em adoração, e foi dada por Deus para um povo terrenal, com esperanças
terrenais e uma herança terrenal. O cristianismo, por sua vez, é uma ordem
celestial, dada por Deus para o Seu povo celestial, o qual possui esperanças
celestiais e uma herança celestial (Hb 3:1; Cl 1:5; Fp 3:20; 1 Pd 1:4).
Por esta razão, no
verdadeiro cristianismo não existe a guarda de dias santos ou festas
religiosas, coisas que pertencem à religião terrenal. Quando os gálatas
passaram a se ocupar com os elementos fracos e pobres da religião terrenal, o
apóstolo Paulo os advertiu, dizendo: "Como tornais outra vez a esses
rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e
meses, e tempos, e anos" (Gl 4:9-10). Israel observava religiosamente dias
santos e especiais por possuir uma religião terrenal. Aquilo estava correto e
apropriado para eles, mas a igreja, que pertence ao céu, não possui essas
coisas. Mesmo assim, as denominações em geral perderam de vista a vocação
celestial da igreja e inventaram dias religiosos especiais como Sexta Feira
Santa, Dia de Todos os Santos, Quaresma etc. Não encontramos essas coisas em
lugar algum da Bíblia. Colossenses 2:16-17 nos diz: "Ninguém vos julgue
pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou
dos sábados, que são sombras das coisas futuras". Existe apenas um dia que
deveria ter algum significado para o cristão, e este dia é "o dia do
Senhor" -- o primeiro dia da semana (Ap 1:10).